"Aqueles que representam homens e todos os seus gestos por meio de bonecos de madeira. Vemo-los voltar o pescoço, inclinar a cabeça, revirar os olhos, as mãos obedecem exatamente ao movimento que exigimos dela: toda essa gentinha de pau parece viver e animar-se." (Aristóteles)
(Bonecos do espetáculo "Andarilhos do repente" - ARMATRUX)
(Bonecos do espetáculo "Andarilhos do repente" - ARMATRUX)
- Com elementos materiais, o imaginário é melhor representado. O Teatro de Animação trabalha com a matéria concreta que pela energia recebida do ator, torna-se animada e se faz personagem.
- Os objetos não devem ser simples réplicas da vida real, mas expressar a não realidade, o não ser-sendo. Não é nossa existência fenômeno resultante da não-vida (matéria) no sentido de que a vida é vivida através da matéria (necessidades dela)?
- “Máscaras, sombras, bonecos, figuras ou formas são simulacros, não são coisas, apenas transmitem a essência, a idéia delas. Não precisam, nem devem, ser reproduções exatas da realidade. Através da idéia das coisas, de sua essência, chegamos a compreendê-la melhor. No jogo cênico, o importante é que manifestem ilusão de vida, através da manipulação e da energia do ator”. (Ana Maria Amaral)
- Os bonecos são referências para os estudo de Kleist, Stendhal, Claude, Craig, Oskar Schlemnaer, Jarry, Maeterlink, Maiakoviski e Meyerhold, entre outros.
ATOR – “é” – existe, tem vida, mas não é o personagem, não perder sua consciência, pode trair a si ou ao personagem.
BONECO – “não é” - não existe, não tem vida, mas é o personagem sempre. Representa tipos, arquétipos.
“Ela é tão maior que a gente que só um boneco faria aquilo”.
(Fernando Augusto Gonçalves, sobre Emília de Monteiro Lobato.)
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