sábado, 23 de abril de 2011

PRODUTOS E SERVIÇOS


BONECOS: Manipuláveis, autômatos, estáticos, gigantes, habitáveis e stopmotion.

TEATRO: Produção de espetáculos e esquetes.
CINEMA E VÍDEO: Audiovisual de animação.

MÁSCARAS:
Confecção - Neutra, larvária e expressiva.

FIGURINO:
Croquis e confecção para humanos e bonecos.

CENAS ESTÁTICAS:
Composição personagens estáticos e cenários.

OFICINAS: Construção e manipulação de bonecos, História e técnicas do teatro de animação, Projeto e construção de cenários, Desenho, modelagem e confecção de figurinos, Confecção de adereços, Construção de máscaras, Manipulação de objetos, Utilização de material reutilizável em bonecos e cenários, Criação de argumentos e roteiros.
MANIPULAÇÃO:
Serviço terceirizado para bonecos e objetos.

TEXTOS:
Adaptações para teatro e/ou vídeo.

CENÁRIO:
Projeto e construção.

ADEREÇOS:
Confecção.



feparedesss@gmail.com.br

TIPOS DE BONECOS E TÉCNICAS

Classificação

O teatro de formas animadas possui vários subgêneros distintos entre si. Em comum, eles possuem a característica de animar o inanimado. As diferenças, portanto, são as mais diversas, inclusive em suas específicas origens.

· SUBGÊNEROS : Formas, Objetos, Sombras, Bonecos...

Quanto à técnica de manipulação, o gênero teatral pode ser agrupado em duas classes:

· MANIPULAÇÃO DIRETA - Luva, máscaras, títeres de vestir, títeres de mesa...

· MANIPULAÇÃO INDIRETA - Varas, fios, eletrônicos, autômatos...

Descreve-se, a seguir, algumas características das TÉCNICAS mais conhecidas e tradicionais das quais derivam-se, atualmente, a maioria das outras:

PANTAN: Boneco bidimensional, com ou sem articulações, manipulado por uma vareta.

SOMBRA: Os “bonecos” são chamados “objetos” e podem ser articulados ou não. É uma mistura de Pantan com Vara. Representado em locais escuros, depende principalmente de três fatores básicos: fonte de luz, tela de projeção e objetos.

MÁSCARA: Classifica-se quanto à construção em: Neutra (sem conflito expresso), Larvária (formas simplificadas), Expressiva (detalhadas) e Meia-Máscara (falante). Ela possibilita o contato com o lado primitivo do homem, a porção límbica e animal, encampando conceitos e idéias ou arquétipos. Cabe ao ator promover a ação que a anima. Ela engrandece o jogo do ator e “essencializa” o propósito do personagem/situação. Leva o texto para além do cotidiano, filtra o essencial e esquece a anedota, torna legível e precisos os gestos do corpo e o tom da voz.

BONECO DE LUVA (ou Fantoche ou Boneco de Mão): Dizem que é o único boneco no qual corre sangue “dentro”, das mãos marionetistas. Esse tipo possui um corpo vazio, geralmente de tecido, que o manipulador veste na mão. Ele encaixa os dedos em um orifício que está na cabeça do boneco e em outros dois que estão nos braços, para movimentá-los. O modo de operação mais comum é utilizar o dedo indicador para a cabeça e o polegar e o dedo máximo para os braços, mas as variantes são muitas A figura é vista da cintura para cima, mas pode conter pernas que sirvam apenas como ilustração. Em geral, o operador trabalha com o braço esticado acima da cabeça, dentro de uma cabine estreita com uma abertura (janela) acima da altura média de um homem. A vantagem do fantoche é sua agilidade e rapidez; a limitação são seus movimentos de braços e pernas pouco eficientes. Ex. Guignol(França), Punch(Inglaterra), Karsperl(Alemanha), Pulcinella(Itália), Mamulengo(Brasil).

MAMULENGO: Nome dado ao teatro de bonecos originado em Pernambuco (BRA), uma brincadeira com “mão molenga”. No nordeste, se manifesta em vários estados e recebe diferentes denominações: babau, calunga, casimiro coco, joão redondo e mamulengo. As histórias são quase sempre improvisadas e vão tomando forma na mão do mestre durante o espetáculo. Terminam quase sempre em pancadaria. Há muita dança e música, sempre ao vivo. Essas "brincadeiras" possuem uma rica dramaturgia de tradição oral, cuja temática se desenvolve como uma crônica da comunidade - costumes, meio geopolítico, diferenças sociais, mitos, diversões e até obscenidades. Um verdadeiro "cordel cênico". Utilizando uma linguagem específica, destinada ao seu público, o "mestre", como nos polichinelles, faz uso de um interlocutor para dinamizar os espetáculos. A provocação incentiva a participação da platéia e, com essa, o "brincante" se realimenta. Entender o jogo de palavras, as insinuações e participar é transformar-se nesse público. Compreender a fantasia do "mestre" é captar a sua perspicácia frente à realidade de seu meio. A maioria das vezes, é apresentado na rua, portanto, o cenário (barraca, torda, empanada ou tenda) tem que ser dobrável e fácil de transportar. A cabeça do boneco é entalhada em mulungu, madeira leve e resistente, característica da região, e o corpo confeccionado com tecidos estampados e de cores fortes. As técnicas de manipulação são várias - luva, luva com vara, vareta e outras. Inúmeras são os mecanismos - articulações de boca, olho, língua, corpo e até cabeças que saem. Na mala de um mestre sempre existe um boi, uma cobra, um herói (O Benedito), sua namorada, um capitão ou coronel, um padre e um diabo, personagens típicos de todo teatro de mamulengos. Os mais célebres heróis da tradição popular de títeres brasileiros são “Tiridá” e “Simão”.

BONECO DE VARA: São figuras manipuladas de baixo para cima, sustentadas por uma vara que atravessa todo o corpo do boneco até a cabeça. Outras varas mais finas podem ser utilizadas para movimentar as mãos e, se necessário, as pernas. Pode exigir um ou dois manipuladores, os quais ficam ocultos pela tapadeira.

MARIONETES (Bonecos de Fio): Técnica de construção complexa e de difícil manipulação. São figuras controladas por cima, movimentadas por fios que vão dos membros para uma cruz de controle (vertical ou horizontal) na mão do manipulador. Os movimentos são originados pela inclinação ou oscilação da “cruz”, mas os fios também podem ser puxados um a um (ou em conjunto) quando se deseja um determinado movimento. Uma marionete simples pode chegar a ter nove fios – um em cada perna (joelho), cada mão, cada ombro, cada lado da cabeça e um na base da coluna (para que o boneco se incline). Movimentos mais detalhados podem exigir o dobro ou o triplo desse número. A manipulação de uma marionete de muitos fios é uma operação que exige grande treinamento. Uma das vantagens é a exigência de apenas um manipulador por boneco e uma característica interessante é que o movimento da cruz e a resposta do boneco têm que ser estudados como “pêndulos”. O próprio nome testemunha o caráter religioso: era um dos nomes dados às estatuetas da Virgem Santa, expostas a veneração pública nas igrejas e nas ruas. No nome Maria fizeram Mariete, Mariole, Marion e Marionnette.

MAROTE: Variação simplificada do boneco de vara e se presta bem a figurações e danças. Não possui controle das mãos ou cabeça e é tridimensional.

TRINGLE: Do francês “vara”. Na Sicília, utiliza-se uma vara de ferro fixada à cabeça do boneco para sustentação e movimentação, outra para mover um braço e um cordão para mover o outro; as pernas ficam dependuradas, sem fios e o andar é feito com a movimentação da vara de ferro da cabeça. Na Antuérpia, Bélgica, usam-se apenas varas na cabeça e em um braço, e em Liége não se utiliza nenhum tipo de controle para os braços, apenas a vara para a cabeça sustenta e movimenta o boneco. Ex. Puppi (Itália).

BUNRAKU: O termo “bunraku” vem de Bunraku-za, nome do único teatro comercial do gênero, que se manteve até a era moderna. Há três peças importantes: o narrador (tayu), o manipulador (ningyo tsukai) e o músico (shamisen). Medindo 1 a 2 metros de altura, os bonecos são montados com peças independentes: cabeça de madeiras, armação dos ombros, tronco, braços, pernas e trajes. São pintados à mão e têm um elaborado mecanismo de controle das expressões da face e dos membros, por meio de fios ligados a "chaves" de comando. Cada manipulador é responsável pelo controle de determinada parte da marionete. Vestidos com trajes negros, que passam à platéia a idéia de invisibilidade, os atores conduzem com rara maestria as ações dos personagens, que parecem ganhar vida própria. Omo-zukai é o manipulador principal e sustenta o peso do boneco, movimenta a cabeça e a mão direita do boneco. O Hidari-zukai é o segundo manipulador e opera o braço e a mão esquerda do boneco. Ashi-zukai é o terceiro manipulador e opera os pés, mas, como via de regra bonecos femininos não têm pés, este deve criar a ilusão de pernas e pés, movendo a barra do quimono com suas mãos e braços.

BALCÃO: Técnica derivada do Bunraku, que difundiu-se no Ocidente em muitas variantes, é manipulado sobre um balcão ou mesa. Possui vara para o movimento dos braços e alças sustentórias/manipulatórias para cabeça e tronco. O movimento das pernas é dado pela oscilação do tronco. Exige um ou dois manipuladores.

MANIPULAÇÃO DIRETA: Conhecido pelo termo que engloba uma gama de outras técnicas, designa também um tipo específico de Balcão, mais parecido com o Bunraku japonês em sua manipulação. Difere do Balcão pela manipulação das pernas ser realizada diretamente pelas mãos do manipulador. Pode ter varas ou não. Tipo contemporâneo conhecido pelos marionetistas vestidos de negro ficarem invisíveis, como no bunraku. Exige, igualmente, dois ou três manipuladores por boneco.

PECULIARIDADES DO TEATRO DE ANIMAÇÃO

"Aqueles que representam homens e todos os seus gestos por meio de bonecos de madeira. Vemo-los voltar o pescoço, inclinar a cabeça, revirar os olhos, as mãos obedecem exatamente ao movimento que exigimos dela: toda essa gentinha de pau parece viver e animar-se." (Aristóteles)

(Bonecos do espetáculo "Andarilhos do repente" - ARMATRUX)

  • Com elementos materiais, o imaginário é melhor representado. O Teatro de Animação trabalha com a matéria concreta que pela energia recebida do ator, torna-se animada e se faz personagem.
  • Os objetos não devem ser simples réplicas da vida real, mas expressar a não realidade, o não ser-sendo. Não é nossa existência fenômeno resultante da não-vida (matéria) no sentido de que a vida é vivida através da matéria (necessidades dela)?
  • “Máscaras, sombras, bonecos, figuras ou formas são simulacros, não são coisas, apenas transmitem a essência, a idéia delas. Não precisam, nem devem, ser reproduções exatas da realidade. Através da idéia das coisas, de sua essência, chegamos a compreendê-la melhor. No jogo cênico, o importante é que manifestem ilusão de vida, através da manipulação e da energia do ator”. (Ana Maria Amaral)
  • Os bonecos são referências para os estudo de Kleist, Stendhal, Claude, Craig, Oskar Schlemnaer, Jarry, Maeterlink, Maiakoviski e Meyerhold, entre outros.

ATOR“é” – existe, tem vida, mas não é o personagem, não perder sua consciência, pode trair a si ou ao personagem.

BONECO “não é” - não existe, não tem vida, mas é o personagem sempre. Representa tipos, arquétipos.

“Ela é tão maior que a gente que só um boneco faria aquilo”.

(Fernando Augusto Gonçalves, sobre Emília de Monteiro Lobato.)

HISTÓRIA DO TEATRO DE ANIMAÇÃO

“O BONECO É ANTERIOR AO HOMEM.”

”...Segundo a Bíblia, no princípio era a ação (a da ação fez-se o drama) depois o primeiro ser humano foi feito de barro e animado com o sopro do espírito. Da divisão desse ser (costela) surgiram o homem e a mulher.”

( Mestre Sólon de Carpina / 1920-87)

É impossível localizar exatamente temporal e geograficamente a origem do teatro de animação e muitas são as versões a esse respeito. Certo é que ele nasceu na aurora dos tempos e das culturas. Vários são os gêneros da arte titeriteira e cada técnica teve sua origem específica em determinada época e lugar, porém, assumindo-se o caráter agregador do termo utilizado atualmente, pode-se dizer que a origem geral aponta à pré-história.

Não se sabe qual foi o primeiro a surgir, mas é provável que tenha sido o TEATRO DE SOMBRAS. Após a descoberta do fogo, o homem percebeu que poderia interferir, interagir e mesmo brincar com a projeção de sua imagem na parede das cavernas. Essa parece ser a origem mais remota do teatro de formas animadas, mas existe ainda uma outra manifestação, tão antiga como essa: a máscara.

Desde o início dos tempos o surgimento de mitos e deuses foi povoado pela animação. O homem criou as MÁSCARAS para incorporar as entidades da natureza como o trovão, o raio e a chuva, os animais poderosos que ele temia. O mais antigo registro do uso de máscaras que se tem notícia foi deixado nas paredes da caverna de Lascaux, na França, mostrando caçadores mascarados com cabeças de animais. Era uma forma deles adquirirem a força dos mesmos e assim garantirem o sucesso da caçada. A máscara era utilizada, também, para se aproximar dos deuses e das forças da natureza, nos rituais indígenas, africanos e orientais religiosos.

No EGITO (3.100a.C. a 30a.C.) eram utilizadas máscaras em funerais, para que o morto fosse reconhecido “no além”. Outro recurso de animação utilizado no Egito eram estátuas gigantes de deuses que produziam pequenos acenos de cabeça para provocar a comoção no público. “Bonecos” dessa mesma natureza são as imagens de Rocca, das igrejas cristãs.

Como espetáculo, o teatro de animação teve sua origem juntamente ao teatro grego. Ele surgiu na GRÉCIA ANTIGA (1.000a.C. a 323a.C.) nos rituais em louvor a Dionísio (deus do vinho e da fertilidade). Os personagens utilizavam máscaras para representar as divindades em procissões anuais.

A vida dos deuses começou, então, a ser representada nos festivais gregos em forma de tragédias. A comédia, a principio, tinha um papel secundário e foi aí onde foram introduzidas as primeiras marionetes. Os gregos acreditavam na purificação de sua alma através do cumprimento do destino do herói na peça (catarse) – purgação de humores. Já nesses espetáculos eram utilizadas engenhocas, como DEUS-EX-MACHINA, para voar por exemplo, entre outros mecanismos fascinantes, mas as máscaras estavam sempre presentes e detinham a importância principal. Da Grécia, o teatro foi para Roma e espalhou-se pela Europa e pelo mundo.

Séc. V a XV - A IDADE MÉDIA (476 d.C. a 1453 d.C.), marcou o desaparecimento quase por completo das máscaras, conservando-se o uso apenas em festas religiosas. Os primeiros cristãos atribuíram sua utilização a cultos pagãos, tornando-as quase ilegais. O teatro de títeres, muito utilizado até então, inclusive em catequeses, também foram relegados à marginalidade e criaram-se guetos á partir dessas perseguições. As trupes se fecharam em torno de famílias marionetistas, com o ofício passado pela corrente geracional.

Quando começaram as proibições de se usarem marionetes dentro das igrejas, tornou-se costume compor com elas presépios de autômatos na época do natal, nos átrios das igrejas, e acabaram por usá-los em inúmeras ocasiões, no séc.XIV. Os desfiles de personagens e autômatos generalizaram-se a ponto de aparecerem com freqüência no mostrador de enormes relógios, como na Catedral de Estrasburgo.

O ORIENTE tem uma tradição antiqüíssima e peculiar no que concerne às artes e à cultura e são diversas as lendas sobre suas origens aí. Algumas delas indicam a Índia e também a China como berço do teatro de títeres, mas ele ocorreu em países como a China, Índia, Java e Indonésia, no antigo Oriente. Os bonecos de sombra são muito populares nessas regiões e em quase toda a Ásia. Java possui diferentes expressões teatrais denominadas Wayang, termo que alguns indicam como sendo "sombra" outros como "teatro". Esse último se aproxima mais da realidade, pois a palavra é empregada não só para denominar espetáculos de sombras. As representações de wayangs são feitas por um só dalang (intérprete) que recita e canta acompanhado da gamelam (orquestra típica da região).

O BUNRAKU, por exemplo, também chamado “ningyo joruri”, um nome que remete a sua origem e essência (Ningyo quer dizer "boneco" e joruri designa um tipo de narração dramática cantada acompanhada pelo shamisen, um instrumento musical de três cordas) é uma forma de expressão artística que existe tradicionalmente no Japão desde PERÍODO EDO (1603-1868).

As máscaras ressurgiram na RENASCENÇA (séc. XIV a XVI), quando voltaram ao teatro com a redescoberta da comédia, mas com o advento do Cristianismo, o Teatro de Bonecos ficou abafado e era representado apenas em feiras e cabarés. Na Itália, os personagens estereotipados da comédia latina transformaram-se em tipos nacionais e provincianos da Commedia dell’Arte. As máscaras eram feitas em couro fino, costuradas na roupa branca, sendo que as mais conhecidas são as dos personagens Pierrot, Colombina, Pulcinela e Arlequim.

Na AMÉRICA, o surgimento do teatro de bonecos aconteceu por volta do séc.XVI, período dos grandes descobrimentos.

Com o desenvolvimento da ESTÉTICA REALISTA (1870) caem em desuso, novamente, as máscaras e os bonecos no teatro europeu. Contra o romantismo, o classicismo e o melodrama, surgem movimentos (´ismos – ex. naturalismo) com interesse num teatro mais visual, poético, evocativo, que não reproduza simplesmente a vida, mas abra-se para o sonho, a magia, a vida interior.

Em reação ao realismo, surge no séc. XX o SIMBOLISMO buscando um teatro capaz de captar movimentos interiores da alma. Os autores (Maeterlinck, Ibsen, etc) buscaram levar ao palco não personagens propriamente ditos, mas alegorias a representar sentimentos, idéias, em peças onde o cenário (som, luz, ambiente, etc.) teriam maior destaque. Como veremos a seguir, essa é a principal característica dos objetos e bonecos: representar idéias, conceitos.

BRASIL
A primeira notícia que se tem a respeito do Teatro de Bonecos no Brasil refere-se a mais ou menos 200 anos após o Descobrimento.
Foi introduzido primeiramente em forma de presépio (séc. XVII) por FREI GASPAR de St. Antônio, no Convento dos Franciscanos de Olinda, em Pernambuco, (1º casa franciscana do Brasil), desenvolvendo-se gradualmente até chegar ao mamulengo, utilizado, primeiramente, para a evangelização.

No livro "O Rio de Janeiro no Tempo dos Vice-Reis" foram mencionadas apresentações de teatro de marionetes, no século XVIII, por Luiz Edmundo.

No século XIX, imigrantes germânicos também trouxeram o seu teatro de títeres, o Karspeltheater, que ainda hoje existe no Rio Grande do Sul e é considerado uma das manifestações mais interessantes entre os fenômenos de aculturação do folclore gaúcho, onde se identificam e confluem tradições germânicas e lusas em território brasileiro.
No séc. XIX, os títeres perdem o caráter litúrgico e adquirem o sentido profano que conservam atualmente.

Ora perseguido e excomungado, ora utilizado e adorado pela igreja, o Teatro de Animação sobreviveu às perseguições políticas e religiosas e foi representado desde os salões de realeza até as feiras, de igrejas às casas mais pobres, da casa-grande à senzala, de lá até hoje.

CONCLUSÃO...

FIM DO SÉC. XIX – Era considerado expressão de teatro popular ou popularesco, beirando o pitoresco e o bizarro.

ALVORECER DO SÉC. XXI – É uma forma dramática que funde múltiplas expressões artísticas, detentor de destaque no panorama da arte contemporânea.

Essas parecem ser as explicações plausíveis para o surgimento dessa arte!